Nunca tiveste momentos em que estás deitada no peito da pessoa que gostas e que te dá uma vontade súbita de chorar por tudo o que te acontece na vida, por o que acontece de mau e por medo de a perder? É quando te dá aquele sufoco no peito e, sem quereres, já está a escorregar uma lágrima pelo teu rosto. Nesse instante, apertas essa pessoa com toda a força que consegues até não poderes mais. Aí ela apercebe-se e abraça-te como se fosse a última vez que a viste e acalma-te com o toque até acabar por te perguntar:
- Porque estás assim?
E tu ainda a apertas mais, até deitares tudo cá para fora, sem conseguir proferir uma palavra porque queres parar de chorar, porque não queres dar a tua parte fraca, porque assim te vão doer os olhos... até que tu respondes:
- Estou triste.
Assim, ainda insiste mais contigo até tu dizeres aquilo que sentes e te remói por dentro.
É aí, nesse momento, que te levanta a cabeça, olha-te nos olhos e diz: também tenho medo de te perder.
"Quando me separo, já não choro. Sei que o que pode acontecer é um mistério da existência e, quanto menos planear mais sorte vou ter. Demoro alguns dias a descer à terra, vou ao supermercado e encho o frigorífico para disfarçar o vazio no coração."
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